Quando cheguei lá, as duas funcionárias estavam com dificuldade de levantar o corpo para colocar na maca. Pensei:
Vou ajudar.
Ajudei. Segurei no meio, elas seguraram nas pontas. O peso da morte é grande. Em todos sentidos.
Este é um lugar para escrever a morte. Já ouvi muitos acharem estranho eu escrever sobre isso, mas tenho contato com pacientes oncológicas, muitas em fase terminal e presencio, ouço e convivo com a morte quase que diariamente. São histórias de garra, força e fragilidades misturadas com poesia e arte que também são fontes inspiradoras. Os nomes não são verídicos e as histórias são muitas vezes,apenas histórias que ouvi.