Um dia estava entrando no trabalho, as 19 horas, e uma menina de uns 19 anos me abordou sobre a possibilidade de falar com algum médico aquele horário... Disse que só no outro dia pela manhã e que verificando na pasta da mãe(paciente pela qual ela perguntava), ainda estavam aguardando exames...
Ela ficou com uma cara de desamparo que dava dó... Mais ou menos 4 meses depois, esta mãe, estava morrendo...
A menina cuidou dela em tempo integral, parecia nem se alimentar mais. Lembro dela chegando no balcão e comentando que a mãe estava nervosa porque uma colega de quarto estava muito agitada...solicitou que dessem algum ansiolítico... A menina chorava, tentando se segurar, mas seu olhar de dor era tão grande, tão profundo... A mãe estava indo embora.
Lá pelas 22 h os médicos constataram o óbito. Esta menina gritava e chorava de uma forma que me desestruturou, perdi parte de meu controle, tive muita vontade de chorar... Não lembrei de minha mãe morrendo, mas pensei na voz daquela menina de 19 quando chamava - Maezinha, não vai embora, fica comigo, eu não consigo ficar sem ti...- e imaginei minha filha... Pensei que não conseguiria deixar minha filha... Não tinha pensado nisso até então. No outro dia, na fila do supermercado comentei o ocorrido com ela... Ela encheu os olhos de lágrimas e nos abraçamos. O silêncio falou mais do que qualquer palavra. Sim, eu me preocupo muito com teu sofrimento, e quero que tu possas ser feliz depois de eu partir. TE AMO.
Ela ficou com uma cara de desamparo que dava dó... Mais ou menos 4 meses depois, esta mãe, estava morrendo...
A menina cuidou dela em tempo integral, parecia nem se alimentar mais. Lembro dela chegando no balcão e comentando que a mãe estava nervosa porque uma colega de quarto estava muito agitada...solicitou que dessem algum ansiolítico... A menina chorava, tentando se segurar, mas seu olhar de dor era tão grande, tão profundo... A mãe estava indo embora.
Lá pelas 22 h os médicos constataram o óbito. Esta menina gritava e chorava de uma forma que me desestruturou, perdi parte de meu controle, tive muita vontade de chorar... Não lembrei de minha mãe morrendo, mas pensei na voz daquela menina de 19 quando chamava - Maezinha, não vai embora, fica comigo, eu não consigo ficar sem ti...- e imaginei minha filha... Pensei que não conseguiria deixar minha filha... Não tinha pensado nisso até então. No outro dia, na fila do supermercado comentei o ocorrido com ela... Ela encheu os olhos de lágrimas e nos abraçamos. O silêncio falou mais do que qualquer palavra. Sim, eu me preocupo muito com teu sofrimento, e quero que tu possas ser feliz depois de eu partir. TE AMO.